terça-feira, 19 de outubro de 2010

Felicidade


Lá fora está nublado, percebe-se uma leve brisa e ouve-se passarinhos ao longe. Outras pessoas poderiam estar do meu lado e não perceberiam nada disso. Só reparariam que está nublado, nublado, nublado. Mesmo que o sol estivesse nos brindando com sua presença iluminada se apegariam a algo triste, vazio. Ou nem isso.

Muito se tem discutido sobre o que é felicidade. Não creio que dependa de um parceiro recém descoberto, dinheiro jorrando da conta bancária ou filhos que acabaram de vir ao nosso mundo. Estas alegrias são muito efêmeras, rapidamente caem da posição de êxtase que se encontram. Felicidade é bem mais profundo, eterno, sublime. É algo tão difícil de se explicar como o próprio amor. Não a paixão de novos amantes, mas o amor de almas que se admiram e se conquistam há muito tempo. É cálido, tranqüilo, envolvente. Não se explica, se vive.

Só percebemos que somos felizes quando reparamos nas belas nuvens, brisas acariciando as folhas das árvores e passarinhos celebrando um novo dia. Sempre estiveram lá, longe dos olhares da maioria, que se preocupam tanto em buscar a felicidade que não percebem que está à disposição de todos. Basta se entregar a ela.

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